sábado, 11 de abril de 2009

Amadorismo na "política externa" Portuguesa

A Turquia vai promover em Junho um encontro com o objectivo de estimular o investimento estrangeiro no país. Foram convidados todos os ministérios da economia e afins dos países membros da União Europeia (UE), que serão alojados nos mais luxuosos hotéis turcos. Adivinhe-se qual o único país que ainda não respondeu ao convite? Sim, o leitor adivinhou...

Agora pergunta-se: o que anda o nosso Governo a fazer?!

Portugal tem tido como pilar central da sua diplomacia (e é importante sublinhar diplomacia, não política externa, pois sem conceito estratégico nacional será sempre difícil construir uma) a participação em todos os fóruns nos quais a Espanha esteja presente. Trata-se simplesmente de bom senso no que toca a demonstrar ao mundo que a península Ibérica não é representada apenas por um estado.

Este princípio básico, em conjunto com o interesse nacional em ter uma voz em organizações que lidem com regiões de clima mediterrânico – para melhor coordenar posições face à política agrícola comum (PAC) da UE por exemplo – tem levado Portugal a ter um lugar na estrutura geopolítica mediterrânica através de organizações como o Fórum Mediterrânico, o Grupo 6 + 6 ou a União para o Mediterrâneo. Portugal também participa na missão da ONU no Líbano (UNIFIL) com o mesmo propósito.

Em parte a posição Portuguesa de promover a entrada da Turquia na UE decorre dos nossos compromissos e interesses na orla mediterrânica. Não seria sensato ajudar empresas Portuguesas a entrar no mercado de uma das potências da região? 

2 comentários:

  1. Acho incrivel nessa epoca de globalizaçao e na crise em que atravessamos desperdiçar fronteiras em que nossa industria possa se expandir. E o pior de tudo e que isso nao se ve nos grandes noticiarios e mesmo estando atento a varios sites de noticias, so ficar sabendo desse fato, aqui num pequeno blogue.
    Lamentavel, nao vejo e nao entendo onde esta o pensamento dessa classe de politicos e ate de empresarios que nao lutyam pela nossa industria portuguesa.

    ResponderEliminar